sexta-feira, 22 de janeiro de 2010




Portugal terá de abandonar o euro se mantiver fraquezas

por Agência Reuters , Publicado em 21 de Janeiro de 2010  |





Portugal poderá ter de abandonar o euro, caso não consiga superar as suas fraquezas macro económicas e de competitividade do seu tecido empresarial, afirmou Daniel Bessa, ex-ministro da Economia.
Adiantou que Portugal, um país com baixos ganhos de produtividade, com a entrada no Euro, aderiu a uma das "zonas mais caras do mundo", adiantando: "nós, Portugueses, no nosso desenvolvimento modesto, fomos empurrados para o mais exigente dos campeonatos".
Explicou que na zona euro "é muitíssimo difícil" para Portugal conseguir ganhos de eficiência que consigam compensar o diferencial de custo a que tinha acesso.
"(Em Portugal) há grandes fraquezas em matéria de gestão de empresas, grandes fraquezas ligadas a todo o contexto (macro). Se não formos capazes de os resolver, um dia o mal terá de ser cortado pela raíz", disse.
"Nós teremos de sair do Euro, não porque alguém nos manda embora, mas porque nós concluiremos que não podemos lá estar", alertou Daniel Bessa, numa conferência sobre inovação.
Quanto à situação financeira de Portugal, frisou que Portugal está "sobretudo numa corrida contra o tempo", adiantando: "a Moody's dizia, outro dia, que a sorte de Portugal é que tem mais tempo".
O actual ministro das finanças, Fernando Teixeira dos Santos, disse, a semana passada, que é "imperioso" que Portugal comece a reduzir o défice já em 2010, após este se estimar ter fixado em cerca de oito pct do PIB em 2009 e a dívida pública ter disparado para 77,4 pct do Produto Interno Bruto (PIB).
Daniel Bessa adiantou que Portugal aderiu "a um clube (euro) em que já só se pode competir com base em inovação" e cujas  infraestruturas já interessam relativamente pouco, ao contrário das economias baseadas nos recursos em que aquelas são críticas.
O Governo atribuiu o primeiro troço de TGV, entre Poçeirão e Caia, por 1.400 milhões de euros (ME), ao consórcio da Brisa e da Soares da Costa e aguarda-se agora a adjudicação do segundo troço entre Lisboa e Poçeirão, no valor de cerca de 2.000 ME [ID:nLDE60I1NH].
"As empresas viradas para os mercados externos só podem competir em Portugal com base em inovação, os icones deste novo Portugal são por exemplo a Efacec e a Bial que têm como base um unico factor de competitividade - inovação."
Acrescentou que "houve aqui uma progressão muito interessante, mas este é um segmento muito reduzido e emergente".
"Os ganhos neste segmento são e continuarão a ser inferiores às perdas que temos nos segmentos em que a competitividade é obtida com base nos recursos e eficiência", concluiu.

1 comentários:

Unknown disse...

Olá Elsafer

Ainda não sabia desta afirmação do nosso ex prof...lgo que seria muito grave,para todos

Fica BEM e até sempre

Bjokitas

Luis Miranda