quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


No Jornal de Negócio de hoje, Pedro Santos Guerreiro escreve:


 "Meia dúzia de sessões parlamentares mostraram como vai ser o que resta desta legislatura: em vez de uma governação crescente, uma contagem decrescente. Até a outras eleições. Mas Portugal dispensa esta charada: se é para ser assim, o melhor é o Governo cair já.

Nem o Governo se esforça por fazer coligações, nem a oposição se equivoca nelas: todos fazem política como se quisessem a mesma coisa, provocar instabilidade sem ficar com o ónus."

" A oposição não deve andar a legislar para aquecer o caldeirão em que vai cozendo o Governo. O Governo não pode andar a pegar de empurrão e fazer beicinho quando lhe tiram o doce das mãos. Não é por eles, é por nós. Portugal está com problemas demasiado sérios para andar à deriva num rio com cataratas.
O "cai-cai" é uma peça de roupa feminina (no Brasil chamam-lhe "tomara que caia") que parece instável e em queda iminente - mas nunca cai. Com este Governo e oposição, mais vale cair que passar os próximos quatro anos, meses ou dias em exercícios na Assembleia que só pioram o que está mau."


O País não tem condições económicas para amuos parlamentares e reveses pós-eleitorais. 


"Nas previsões de Outono da Comissão Europeia, publicadas no início de novembro, o Executivo da UE previa uma "deterioração" do déficit português de 2,7% do PIB, em 2008, para 8,0% neste ano e em 2010, subindo para 8,7% em 2011 (cenário de política orçamental inalterado).
Os titulares de Finanças da UE ainda dão ao governo português até 2 de junho de 2010, ou seja, daqui a seis meses, para "adotar medidas eficazes necessárias para implementar a consolidação prevista. " ( UOL , 2009.12.02 )

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